domingo, 19 de fevereiro de 2017

O Anarquismo Essencialista

Introdução
O anarquismo aqui chamado de anarquismo essencialista é o que segue os ensinamentos dos teóricos e criadores do anarquismo que, com suas práticas, têm cada vez mais, livrado da miséria e sujeição  milhões de pessoas na atualidade. Portanto sem se afastar da essência do anarquismo. E, ateneuista, substituindo os partidos políticos por os seus ateneus.  Quando estou dizendo que o anarquismo essencialista e ateneuista tem libertado da sujeição e da miséria milhões de pessoas em todo mundo é porque a seu postulado básico é sua recusa da dominação do homem pelo homem. O anarquismo é isto: recusar a dominação do homem pelo homem em todas as relações humanas. E isto tem conseguido livrar  milhões  de pessoas em todo mundo da infelicidade da sujeição que é a porta aberta para todo tipo de exploração. Portanto horizontalmente substituindo relações de poder por relações humanas sem exercício de poder nas escolas, famílias, gêneros, trabalho, eliminando todo tipo de censuras de acesso as informações, artes etc.  
Quer dizer: foi a partir se organizar de forma autogestionária, horizontal e com imenso respeito pela liberdade de que se está, de fato, mudando o mundo e não substituindo elites que fazem o mesmo das anteriores. 
Os anarquistas sempre se organizaram em ateneus libertários e disseminaram, nas sociedades em que viviam, seus pontos de vista. A origem da palavra ateneu que me pareceu mais exata foi: "Em Atenas, na Grécia Antiga, lugar público dedicado à deusa Palas Atena , onde os poetas e literatos vinhem ler suas obras". Por isso os anarquistas criaram ateneus libertários de estudos e pesquisas e  suas práticas políticas é a disseminando de seus pontos de vista visando mudar, pacificamente, opiniões para mudar mentalidades autoritárias e dominadoras em vários tipos de relações de poder. Portanto eles sempre foram essencialistas e ateneuistas. A sua organização e proposta são diferentes das dos outros. Suas ações também. E a história está cada vez mais mostrando que para se libertar de fato só o anarquismo essencialista e ateneuista pode fazer porque tem provado atualmente com suas práticas mudado o mundo de forma justa, igualitária e libertária para todos.
Portanto aqui se pratica o anarquismo essencialista e ateneuista e não partidos e outras organizações verticais com seus presidentes que, se conseguirem tomar o poder, como história tem mostrado sempre e monotonamente, serão os futuros privilegiados e ditadores.

Características
Uma das principais características da prática do anarquismo essencialista e ateneuista é se organizar em ateneus libertários. Neles se efetua as pesquisas de relações humanas sem o exercício do poder. São os maiores centros de pesquisas políticas, psicológicas e sociais que existe. Suas teorias e pesquisas passam a ser praticadas nas sociedades de quase todo mundo como ocorreu com o feminismo, a eliminação da palmatória nas escolas, o fim do Pater Familiae, do racismo, o amor livre com o divórcio, as rendas das pessoas serem semelhantes, o que alguns países atualmente já estão tentando fazer. Aos que têm pouca memória, uma espécie de Alzheimer político, cabe lembrar que os primeiros a sugerir essas mudanças, e foram muito combatidos por isto, foram os anarquistas. Não foram religiosos, políticos de vários partidos etc. Muito pelo contrário se uniram sempre contra.  Todos eles ou calavam sobre essas reivindicações ou as perseguiam. Os profissionais do poder, que se convencionou se chamar de políticos, foram inicialmente contra ou emudecidos sobre a liberdade das mulheres, a luta contra o racismo, o amor livre para todos. Mesmo os marxistas que achavam que só as lutas de classes importava e não importava o maridão dar porrada na mulher, negros não existem o que existem são classes sociais. Essas foram as viseiras deles que Foucault muito bem mostrou que Marx ficou aprisionado,  como um peixe em um aquário do século XIX, quando se deslumbrou com a economia política criada por Adam Smith e David Ricardo. 
O ateneu libertário não é nem partido nem sindicado é essencialmente uma organização cultural que visa formar opiniões libertárias para mudar mentalidades e assim mudar pacificamente no mundo o que nos indigna. Assim sendo um ateneu liberário deve visar esses objetivos:
1 – Mudar o mundo sem tomar o poder
Esse postulado de não tomar o poder é porque o poder, seja qual for e onde seja executado, tem suas próprias regras e maneira de ser que, em vez da ilusão de se tomar o poder,  é ele que nos toma e nos faz dele o seu servo. A história tem provado isto em todas as relações humanas, países, governos etc. 
2 – Visa disseminar os principais pontos de vista anarquistas 
A teoria anarquista é como uma espécie de estrato teórico semelhante ao de uma essência de um perfume que se espalha pela sociedade e assim muda o que é autoritário e ditatorial pela compreensão e consenso da maioria no exercício de relações humanas sem o exercício do poder. Ele muda, transformando desde as micros relações de poder específicas, família, escolas, amor etc, em relações humanas gerais em uma soma de cada uma delas específicas em relações humanas sem o exercício d de poder. Assim age porque é a soma dessas micros relações de poder que sustentam o Estado e os governos. Por isso a contribuição de Foucault sobre os seu conceito de as relações de poder foi, para o anarquismo, de muita importância assim como também  pensadores como Pierre Clastres e Jacques Monod.
3 – As vitórias do anarquismo essencialista e ateneuista
Esse tipo de anarquismo pode ser chamado também de anarquismo vitorioso porque tem atualmente salvado milhões de pessoas em lutas específicas sem partidos e sem organizações autoritárias da sujeição e exploração. Essas lutas específicas, que são de fato sociais e não falsas lutas sociais visando criar novas elites ditatoriais, foram as que criaram o feminismo, as lutas anti-racismo, eliminação de todo tipo de censuras, libertação dos prazeres sexuais para todos implantando o amor livre sempre postulado pela maior parte dos anarquistas, eliminando a miséria de todos por igualdade de rendas e salários. Essas lutas específicas associadas têm levado os partidos, igrejas e focos de dominação a reboque. Essas lutas libertárias  têm sido as únicas vitoriosas atualmente em muitos países. São as únicas que têm mudado o mundo no aqui e agora e os partidos atualmente vão a reboque imersos na descrença de todos diante das história dos partidos que os estão sepultando. A força, como sempre foi, para mudar as injustiças são as pessoas e não intermediários. Cabe aos anarquismo mostrarem a injustiça e a solução e todos terminam por compreender e aí nada o impede de transformar a sujeição em liberdade. 
4 – A estratégia e pratica libertária do anarquismo essencialista e ateneuista é a transformação do poder
Ele não visa tomar o poder, mas o transformar, de baixo para cima com a eliminação, em toda a sociedade, as microfísicas do poder que sustentam o Estado e o governo. E então transformando o Estado, o governo e o poder em uma democracia  libertária plena. Quer dizer elas estão gradativamente, em alguns países, transformando o Estado e o governo, em instituições que eliminaram todas as repressões e deram igualdade de rendas a todos e sua função é administrar e garantir a liberdade e igualdade de todos.
5 – Mudando o mundo no aqui e agora sem utopias nem profecias
Isto não é uma utopia já estamos vivenciando em alguns países que estão cada vez mais  sendo libertários. Não são ainda totalmente anarquistas mas caminham em direção a sociedades o mais libertárias possíveis. Portanto a vitória revolucionária e política,  do anarquismo essencialista e ateneuista foi porque, pacientemente, disseminaram sua maneira de pensar e viver em todo o mundo. Quer dizer: mudando opiniões para mudar mentalidades e, assim sendo, repito, transformando o poder em organizador das liberdades e igualdades de todos sem privilegiados e novas elites. Essa transformação o que conhece como poder hoje é substituído por uma administração libertária extremamente organizada e eficiente. 
6 – Resumo das ações e práticas do anarquismo essencialista e ateneuista:
1 - Criar ateneus libertários.
2 – Divulgar as teorias anarquistas essencialistas e ateneuista. Praticá-las, aqui e agora, nos seus ateneus, criando cooperativas, escolas, atividade artísticas e muitas outras sem relações de poder. O foco sempre é criar organizações horizontais, sem chefes e partidos, gerando autonomias associadas para todos.
3 - Efetuar críticas sistemáticas e constantes, em todas as relações humanas que exerçam o autoritarismo e a dominação do homem pelo homem. Essas críticas fundamentadas em pesquisas rigorosas é que têm feito mudado a repressão e sujeição de milhões de pessoas, no aqui e agora, sem utopia nem profecias. A meta é formar opiniões, divulgá-las e mudar, na maioria, mentalidades autoritárias para mentalidades libertárias no consenso devido a força da argumentação e de suas práticas. Essa sempre foi a ação principal do anarquismo que hoje enfatizamos e descrevemos com o que chamamos de anarquismo essencialista e ateneuista.
4 – Seu foco é o poder e não a economia ou outros equívocos epistemológicos para analisar as mudanças sociais e políticas.
5 – Criar, organizar e participar de todas as lutas específicas associadas. Mas sem partidos e líderes que no futuro formarão elites milionárias e autoritárias. E a história tem mostrado que em todas as épocas e em todos os continentes nas mais diferentes culturas e desenvolvimentos econômicos uma elite substituindo outra e estabelecendo ditaduras e as mesmas explorações que se diziam ser contras.  
6 – Organizar respeitando a pluralidade e evitar unicidade.
7 - Avaliar a eficiência de uma teoria na prática e eliminar a que for ineficiente.
8 – Ter, como um termômetro político, a avaliação da qualidade de vida das pessoas quer em um país ou qualquer tipo de associação o que inclui também a vida das pessoas nos ateneus libertários e a sua própria existência individual.
Conclusão:
O anarquismo essencialista e ateneuista tem sido vitorioso porque tem sido eficiente em livrar, no aqui e agora, com vários nomes em organizações, sem exercícios do poder, milhões de pessoas da dominação e da miséria.




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