sexta-feira, 26 de maio de 2017

O poder da opinião


Ricardo Líper


Sou radicalmente contra qualquer tipo de terrorismo e violência. Sou radicalmente contra a qualquer tipo de assassinatos. Só acredito na formação de opiniões que mudam mentalidades no consenso e é internacional. Só acredito que a crítica dos comportamentos autoritários termina por destruir os autoritários. A história tem mostrado isto sempre não só com Hitler, Mussolini e Stalin. No meu entender usar em uma guerra, disfarçada ou não, responder com terrorismo só provoca uma rejeição da opinião pública mundial. O mais importante é mostrar o que tem, em cada uma das partes, quem está sendo injusto, cruel e dominador. A verdadeira luta se trava nas opiniões. A desmoralização será eterna com a descrença absoluta de todos. Assim caíram todos os poderosos. Não acredito que manifestações populares que quebram o que encontram pela frente são eficientes. Pode ser até que essas pessoas agem assim visando desacreditar uma manifestação pacífica. E mudando o foco e o olhar dela por uma causa justa, com uma ação de destruição, por onde passam. Nunca se iludam que tudo que é sólido desmancha no ar e a qualquer momento. Um pequeno e poucos folhetos podem destruir uma das mais ferozes ditaduras. Depende apenas que ele tenha uma argumentação suficientemente forte porque a maioria, que não é ingênua, compreenderá. Assim foi em todos os grandes momentos de enfrentamentos de injustiças de vários tipos em todos os povos e na história. Observem. No, fundo no fundo, o quê tem mudado o mundo tem a força e a eficiência da opinião. E é isso o que sempre fiz. A crítica, evidenciando as contradições e dominações de um discurso, é muito mais eficiente do que as ogivas nucleares.
Assim as mulheres ficaram livres e iguais como os homens; o racismo, cada vez mais, perde o poder; o amor ficou livre desde o desquite até o divórcio e casamentos para todos sejam quem sejam; em países civilizados a diminuição de rendas entre muitos ricos e miseráveis que mostram a civilização de um país, paz e felicidade para todos. O fim da palmatória nas escolas. Não se aceitar o bullying. E são muitas coisas libertárias que estamos se vivenciando agora. Sem utopia e sendo a realidade. E muitas outras coisas libertárias, semelhantes as essas, estão acontecendo. E o resto é o silêncio. E então repito: a crítica, evidenciando as contradições e dominações de um discurso, é muito mais eficiente do que as ogivas nucleares. Cabem a todos nós. Paz sem roubos ou violências mas raciocinando e a jogar no ar que sempre o que o ser humano tem em reaciocinar e os anarquistas apenas os faz exercer seus raciocínios para todos. Uma das principais coisas do ser humano é pensar. Pensando ele criou as coisas mais belas e boas para todos nós. Desde vencer com a medicina, quando reais e libertária, e a arte de ser nos outros amigos e irmãos verdadeiros de todos porque todos nós somos essencialmentes iguais. Apenas diverenças segundárias e normais. Só quando são podem ter onde ter uma casa para descançar e um trabalho para ter condição de sobreviver e então ele será sempre muito manso. E portanto cabe aos libertários que todos nós ajudem na ação direta para todos nossos terem como se alimentar direito e onde dormir sem medo nem de ser feliz com sua casa, seu trabalho que são as primeiras de condições para felicidade. O que os libertários (anarquistas) são o que querem para todos sem agressões de ninguém e só usar seu cerebro que a natureza nos deu. E é isso que faço e apenas isso. Aprender a pensar que se inicia com a respeitar os outros e juntos criarem a felicidade para todos. É isso que se chama os libertários que ficam mais felizes com eles mesmos e os semelhantes.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Heterotopias Libertárias

Uma sugestão de ação política e econômica do anarquismo realizável

O anarquismo essencialista não é uma utopia nem um ideal. Ou seja, um bando de crentes acreditando ou se sentindo bem quando pensa em um futuro utópico anarquista imaginado por eles. Sonhando acordado com uma utopia. É gostoso. Mas sugiro que podemos vivenciar isto e viver no aqui e agora sem está somente nas nuvens.

Uma das práticas anarquistas

1 – Tudo começa no ateneu, que é um centro de cultura social e pratica política, que além de pesquisar sobre o poder e as relações de poder executa uma série de ações libertárias. Ele é a organização anarquista que substitui qualquer outra organização e partidos.

2 -  Ele visa duas coisas essenciais do anarquismo: ação direta (agir sem intermediários como os que se autodeterminam políticos) e apoio mútuo (associação de anarquistas para sobreviverem melhor nas sociedades em que vivem).

3 – Uma das suas ações, além das lutas pela libertação em todas as instâncias da dominação do homem pelo homem, é associar anarquistas para viverem melhor no aqui e agora. Enfrentando juntos se associando para sobreviverem às adversidades, que é viver em uma sociedade autoritária e exploradora. Quer dizer trabalharem e ganharem dinheiro juntos para viverem melhor. Entretanto, para isto é necessário um treinamento muito sistemático para que os seus membros se libertem de comportamentos autoritários, egoístas e desonestos. Sem esse treinamento não é possível uma associação econômica anarquista, ou seja, um dos aspectos do apoio mútuo e ação direta. Ou seja, uma das essências resumida do anarquismo: apoio mútuo e ação direta.

4 – Criar espaços anarquistas, ou seja, heterotopias, nos quais, horizontalmente portanto, quer dizer: fazer existirem de acordo com as leis de cada país, espaços anarquistas de organização de convivência anarquistas. É o anarquismo dentro de sociedades não anarquistas. Formar ilhas libertárias dentro dessas sociedades e se viver nelas. É o anarquismo agora. Proporcionar aos seus membros viver, o mais possível,  nesses espaços anarquistas.

5 – Disseminar essas práticas libertárias de construção de heterotopias no aqui e agora. Heterotopia significa aqui reunião de anarquistas para criar espaços libertários para viverem melhor no aqui e agora. Fazendas, bares, clubes, fábricas, lojas, bairros etc. Uma rede de vida anarquista em seus espaços adquiridos dentro das leis e com o trabalho honesto de anarquistas associados, ou seja, associação econômica anarquista.  

E, desde que não seja uma bíblia, leiam as descrições de Foucault sobre as heterotopias.